Quando Moisés desceu do monte Sinai, carregando as duas placas da
aliança, o seu rosto estava brilhando, pois ele havia falado com Deus. Mas ele
não sabia disso. Sempre que entrava na Tenda Sagrada para falar com o Senhor,
Moisés tirava o véu. Quando saía, ele contava ao povo de Israel tudo o que Deus
lhe havia mandado dizer, e o povo viam que o seu rosto continuava brilhando.
Gênesis 34. 29 e 34.
Como aprontamos
quando somos crianças, não é mesmo? A arte de “fazer arte” está inerente em
cada criança, que geralmente se denuncia após ter feito algo que não deveria
fazer. É aquela criança que vem com a ponta do nariz suja por ter comido o
pedaço do bolo que não era pra comer. Muitas vezes o rostinho de cada criança
denuncia por onde ela andou o que fez o que aprontou.
Mas isso também é
perceptível nos adultos. Basta conviver um pouquinho mais com alguém, notando e
prestando atenção nessa pessoa, que você perceberá, pelo seu rosto (na maioria
das vezes), que alguma coisa não está bem. Nosso olhar e feição facial
denunciam tristeza, espanto, amargura, frustração. Também alegria, empolgação,
satisfação.
Desde que Jesus
veio ser o único caminho para o Pai, temos acesso diário a Ele, tendo nossa
comunhão novamente restabelecida com o Pai. Não precisamos mais de
intermediários para chegar a Deus. Podemos falar com Ele através da oração e
ouvi-lo, através da Sua Palavra revelada.
O
que precisamos refletir, então é: O que as pessoas vêem em meu rosto, após ter
tido momentos de comunhão com Deus? O que meu semblante tem transmitido após
ter estado com o Senhor?
Moisés
nos mostra o que acontece quando estamos em intimidade com nosso Senhor. Essa é
uma das passagens mais que maravilhosas das escrituras, pois Moisés trás em seu
rosto,
não sendo apenas um olhar ou sorriso, mas sua própria pele
resplandecia a presença poderosa do nosso Deus. Fico imaginando se ao
encontrarmos com as pessoas na rua, trem, na igreja, se elas percebem que
anteriormente, passamos algum tempo com Deus. Será que aqueles que estão ao
nosso redor percebem que estivemos com
o Senhor? Se nosso
rosto físico não é possível resplandecer o brilho da presença de Deus,
mas e nossa vida espiritual? Nossas atitudes? Nossas respostas? Nossas reações?
Demonstram que estivemos com o Senhor? Nossa ira vencida por momento de
mansidão e autocontrole? Nosso ódio sobreposto por amor e perdão? Nossa mente
maliciosa e maldosa sendo trocada por pensamentos puros? Nossa ganância e amor
próprio dando lugar ao amor sacrifical junto ao próximo? As pessoas, no nosso
dia-a-dia percebem que estivemos com o Deus Todo Poderoso?
Muito
interessante que Moisés não notara que seu rosto estava brilhando, mas as
pessoas ao seu redor sim. Ter estado com o Senhor não é motivo para andarmos
com uma bandeira ou um adesivo dizendo que estivemos com Ele. Isso será notado,
naturalmente pelos outros. Elas perceberão que existe algo diferente em nós e
isso apenas se dará, quando, de coração quebrantado, buscarmos a cada dia uma
porção da presença do nosso Senhor Jesus.
Tal
como uma linda jovem, vivendo seu primeiro amor romântico e no auge de sua pura
inocência, tem seu dia muito triste tamanha a saudade de seu amado, pode ter
sua tarde transformada pelo simples fato de ter almoçado com seu amor (e essa
mudança de comportamento ser percebida por todos ao seu redor), assim devemos
almejar estar na presença do nosso Senhor e as pessoas ao nosso redor,
perceberem que algo de diferente aconteceu conosco. Estivemos com alguém que
nos proporcionou momentos de alegria, felicidade.
Em
tempos de tamanha correria, falta de tempo para nós mesmos, é desafiante
encontrar um momento de parar e ouvir o Senhor falar conosco.
Há brilho em seu rosto?
Pastor Lucas Ferreira
Boletim Informativo – 19 de
fevereiro de 2012
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